Ataque hacker ao Pix foi planejado há meses no Brasil

 

Mesmo padrão: meses de planejamento, investimento financeiro e muitos criminosos envolvidos. De alguns anos para cá, o cibercrime também passou a ter as instituições bancárias como alvo.

Criptográficas atingiu o Banco Inter. Em 2022, um ransomware foi colocado no Banco BRB. No começo de 2025, dados de milhões de clientes do Banco Neon foram vazados. Agora, um ataque cibernético na C&M Software desviou recursos do sistema Pix mantidos pelo Banco Central que chegariam a R$ 1 bilhão.

Por meio de análises, é possível afirmar que não houve falha técnica, brecha ou vulnerabilidade de sistema, mas sim uma exploração sofisticada da cadeia de suprimentos digital.

Pessoas durante meses: elas também usaram o Telegram para recrutar funcionários de empresas com acesso privilegiado ao Banco Central.

Fraude doméstica, facilitada por um insider, e não uma investida puramente externa”, declara a ZenoX. “Aparentemente, houve um recrutamento ativo em canais abertos meses antes do incidente, com o objetivo de corromper funcionários bancários com acesso às tesourarias. As mensagens indicavam planos explícitos para executar operações no BACEN que poderiam atingir o valor de R$ 1 bilhão. Além disso, nossa análise revela que este não foi um evento isolado, mas a culminação de uma série de ataques de menor escala que, ao longo do tempo, vinham explorando a mesma fragilidade processual em contas reserva em diversas instituições financeiras no Brasil”.

Cibercrime (...) o colapso foi menos resultado de uma vulnerabilidade de software e mais consequência da exploração de falhas sistêmicas: o risco não gerenciado da cadeia de suprimentos, a ameaça apresentada por insiders e, acima de tudo, a incapacidade de operacionalizar informações de inteligência já disponíveis”, afirma a empresa.

Obviamente, a ZenoX não descarta a participação de algum agente internacional na ação, contudo, ela deixa claro que a estrutura do golpe apresenta fortes indícios de uma fraude com componentes essencialmente nacionais.

Transitar entre as burocracias do SPB (Sistema de Pagamentos Brasileiro). Entre essas burocracias, estão os gargalos em processos de liquidação e a compreensão da dinâmica de confiança entre PSTIs (Provedor de Serviços de Tecnologia da Informação) e o Banco Central.

Lavagem dos recursos, com a pulverização de valores que acabou gerando alertas em exchanges, e o valor supostamente pago ao insider, que embora elevado, parece desproporcional ao montante final subtraído, sugerem a possibilidade de um plano que ganhou escala de forma oportunista”.

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