Cientistas extraem ouro puro de peças de PCs antigos
Sim, cientistas têm desenvolvido métodos inovadores para extrair ouro quase puro de peças eletrônicas antigas, como placas-mãe de PCs. Aqui estão os destaques:
🧀 1. Espuma de proteína de queijo (ETH Zurich)
Pesquisadores usaram um aerogel feito de fibrilas proteicas derivadas do soro do queijo (whey).
DN dissolveram 20 placas-mãe antigas em uma mistura ácida (aqua regia), depois mergulharam essa “esponja” para capturar íons de ouro.
Após aquecimento, formou-se um pequenino “pepita” de ~450 mg com ~90–91 % de ouro, ou seja, cerca de 21–22 quilates
A técnica é sustentável e econômica: o custo de extração é até 50 vezes menor que o valor do ouro obtido .
🧪 2. Fibras têxteis aminadas (KIST, Coreia do Sul)
Desenvolveu-se um adsorvente fibroso de poliacrilonitrila (PANF), quimicamente modificado para atrair ouro.
Captura mais de 99,9 % do ouro presente no vidro de CPU dissolvido, mesmo com outros 14 metais presentes; mantém >91 % de eficácia após 10 ciclos de uso
🧴 3. Polímero de enxofre + desinfetante (Flinders University, Austrália, jun/2025)
Publicado na Nature Sustainability: usa TCCA (um produto desinfetante comum) para dissolver ouro e um polímero de enxofre reutilizável que o captura.
Sem uso de mercúrio ou cianeto, alcançando pureza de ~99 % em PCs e amostras de minério
🌍 Comparativo
Método Origem Pureza do ouro Sustentabilidade
Whey protein (ETH Zurich) Soro de queijo ~90–91 % Muito sustentável, custo baixo
PANF têxtil (KIST) Fibras sintéticas >99,9 % Reutilizável, alta seletividade
Polímero + TCCA (Flinders) Polímero enxofre ~99 % Evita tóxicos, polímero reutilizável
🌟 Conclusão
Essas técnicas representam avanços significativos na recuperação de ouro de lixo eletrônico, oferecendo formas mais seguras, econômicas e ambientalmente responsáveis. De espumas a fibras e polímeros, a tendência é clara: extrair metais valiosos de eletrônicos descartados com baixo impacto ambiental.
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